Há uma disputa em curso que promete dar fim a um dos endereços mais tradicionais de Laranjeiras: o número 24 da Rua Alice, onde há 66 anos está o Bar do Serafim.
Tradicional boteco do bairro, de onde saem por dia uma centena de litros de chope e de petiscos meio portugueses meio nordestinos, vive hoje de incertezas. Para muitos, o bar tinha apenas um dono: o bigodudo e querido Seu Juca, morto ano passado. A história é, no entanto, muito mais complicada. O negócio é dividido entre quatro proprietários, quatro famílias na verdade, e há um espólio que impede a assinatura definitiva da venda do negócio.
Para tristeza dos vizinhos beberrões, interessados no ponto não faltam. Segundo a atual gerente, mulher de um dos proprietários, que está à frente do restaurante, o documento de venda já está assinado, para infelicidade geral de quem fez dali o quintal de casa e teme que o lugar se transforme em mais um desses botecos “de grife”, que tomaram conta da cidade. Fiando-se na morosidade da justiça brasileira, os assíduos frequentadores torcem para que essa pendenga não chegue jamais ao fim.
Apesar de já ter destino certo, os mais fiéis formam – entre um chope e um torresmo – novas sociedades. O assunto predileto de quem se acostumou a sentar entre as mesas de madeira com tampo de mármore é como levar adiante – e fazer rentável – o empreendimento.
Sábado desses, de tardinha, a turma do balcão “fechou negócio” com direito a aperto de mãos e troca de telefones. “Cada um entra com R$ 15 mil e a promessa de manter a equipe e o cardápio”, propôs uma das novas sócias. Comprometidos com a próxima “reunião de diretoria”, todos tentam carregar a certeza: o Serafim é nosso e ninguém tasca.
SERÁ O FIM, FECHAR SEU QUERIDO SERAFIM.
ResponderExcluirAcho até que vale uma carreata pró Serafa.Se precisar de adeptos, conte comigo.