terça-feira, 8 de junho de 2010

Os belgas sabem muito bem o que fazem


Sensacional o roteiro da cerveja em Bruxelas, publicado quinta-feira na revista Boa Viagem. Só me trouxe boas lembranças do dia em que passei na cidade. E foi basicamente aquilo, de bar em bar, atrás de novidades à base de cevada. E nem era minha intenção.

O problema – ou a solução – foi uma dica do Alexandre: na principal praça, bem no Centro, é possível entrar em alguns prédios históricos para uma visita. Daí, o acaso me colocou no mau caminho. A primeira porta aberta que vi tratava-se do ‘Museu da Cerveja’. Entrei, paguei, vi e não gostei. Programa tosco pra enganar turista, pensei. Mal sabia que uma bela taça da deliciosa bebida me aguardava como brinde ao final. Pronto, começou a perdição. Cerveja belga é invenção só mesmo comparada a dos irmãos Lumière.

Como estava sozinha e tinha passagem comprada para o último ônibus que sairia da capital belga para Paris, onde tinha garantida caminha quente na Maison de Norvège, devia segurar a onda. É impossível! São tantas opções, tantas chopeiras, cores e sabores que nenhum admirador – por mais low profile que seja – consegue sair incólume. Fiz então um percurso moderado, experimentando um copo em cada parada. Um sonho!

Além disso, os belgas são uma espécie de franceses travestidos de carinho, boas histórias, generosidade e muito acolhedores. Adorei. Sem contar que os preços em Bruxelas são infinitamente mais baixos que em Paris. E essa foi aquela viagem em que eu me virei vendendo chaveiros by Dona Eliana, tal qual vendedora da Avon.

Cheguei com folga para pegar o ônibus de volta à Cité Universitaire, na capital francesa. A solução – ou a perdição - foi provar mais um na estação e fechar com chave de ouro minha primeira incursão pelo país do Tintim. No dia seguinte, liguei para o Rio, para dar satisfações ao marido – abandonado sozinho em casa. Ele me perguntava: “Gostou da Bélgica?” Só consegui dizer: as cervejas são sensacionais. Você precisa conhecer.

Peninha, ainda não rolou. Mas volta e meia temos uma amostra daquela tarde inesquecível. Semana passada, vivemos uma noite de cervejas quase tão boas quanto, num bar que enche os olhos logo de cara com tamanha gama de opções dispostas em vitrines-geladeira. Mas esta já é uma outra história.

Um comentário:

  1. Amiga, saudades!!!!
    Vamos nos encontrar neste finde?
    Bjos e A-M-O seus textos!

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